sexta-feira, 4 de abril de 2008

Qual a raça e a idade??

Do mesmo modo, que existem ossos que nos indicam de forma relativamente precisa qual o sexo e a altura da pessoa à qual pertencem os ossos, também podemos saber qual a raça e a idade.

Determinação da Idade:
Existem um conjunto de regras que se aplica consoante se trate de um feto, de uma criança ou de um adulto. Os ossos permitem-nos saber a qual das classes etárias a pessoa pertence. A partir daí podemos saber a sua idade.

Se for um feto: aplica-se a fórmula de Balthazard e Dervieux (1921), a partir da qual vamos saber a idade em dias. A formula é: o comprimento do feto (em centímetros) *5.6. Quando apenas existem ossos, utilizam-se tabelas para determinar a altura do feto e depois calcula-se a sua idade.

Se for uma criança: como se encontra em crescimento torna-se complicado determinar a sua idade. Pois o tamanho dos ossos é relativo à velocidade de crescimento de cada criança.

Se estiver entre os 14 e os 20 anos: através da análise: dos dentes, do comprimento dos ossos longos e epífises de crescimento dos ossos longos; é possível estabelecer a idade da pessoa. No entanto, ao determinar idade é necessário ter em atenção que os dados apenas são estimativas, uma vez que as cara
cterísticas, como os dentes, variam de acordo com factores genéticos, metabólicos, nutricionais, ambientais.

Se for um adulto: utilizando a análise dos dentes, as alterações a nível da sínfise púbica e a fusão das suturas cranianas (apenas em último recurso), a antropologia é capaz de estabelecer a idade da pessoa.

Determinação da raça:

A determinação da raça é um processo muito complicado e pouco fiável devido ao cruzamento entre povo e a questões de variação entre as populações. As variações consideradas, na maioria dos casos, são relativas às características nasais e certos estigmas dos dentes. Assim, através dos ossos é praticamente impossível saber qual a raça da pessoa.

Conclusão:

As características individualizantes correspondem a aspectos específicos que podem caracterizar o indivíduo, através do método comparativo de identificação, com base em elementos fornecidos por pessoas supostamente conhecidas da vítima (exemplo: fotografias, registos clínicos, particularmente de medicina dentária, história dos antecedentes patológicos ou traumáticos, hábitos, etc). A comparação com as características encontradas pode ser feita com base em estudos radiográficos, comparação fotográfica (sobreposição de imagem em computador, pesquisando-se a existência de concordância entre as linhas e curvas da face com pontos do esqueleto) ou reconstrução da face (modelagem das partes moles sobre o crânio, ou através de desenhos). Na identificação são valorizados: os seios frontais e laterais; as marcas de traumatismos (fracturas, calos ósseos, amputações, por exemplo) e as alterações dos dentes.



Font: //medicina.med.up.pt/legal/



(Luísa Fonseca)


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