segunda-feira, 10 de março de 2008

Técnicas utilizadas

Em toxicologia forense, há a necessidade de estudar tanto pessoas vivas como cadáveres, através da execução de perícias toxicológicas para esclarecer questões de âmbito judicial relacionadas com intoxicações.

Os exames no vivo têm como objectivo fulcral a avaliação da intoxicação como circunstância qualificadora de transgressões ou como causa de perigosidade. Estes estão relacionados com perícias toxicológicas para rastreio e confirmação de drogas de abuso, caracterização do estado de toxicodependência ou com o regime legal da fiscalização do uso de substâncias psicoactivas nos utilizadores da via pública. Este último compreende:
· Exames de quantificação de álcool etílico no sangue;
· Rastreio e confirmação da presença das substâncias legalmente consideradas estupefacientes (na urina) e psicotrópicas (no sangue).



Já no caso do morto, não se passa o mesmo. As metodologias utilizadas pelos toxicologistas passam por várias fases: rastreio, confirmação, quantificação e interpretação. Começa-se por um teste geral, onde há triagem dos casos negativos, e só mais tarde é que se passa aos métodos de confirmação. No caso de intoxicação, é obrigatório proceder à autópsia médico-legal, onde se pede uma requisição de perícia toxicológica. Existem várias amostras que podem ser analisadas:
· Órgãos colhidos na autópsia;
· Fluidos biológicos (tanto no vivo como no morto);
· Produtos orgânicos e inorgânicos suspeitos (líquidos, sólidos e vegetais).
Para a amostra não se alterar não se pode acrescentar qualquer espécie de conservante, e deve-se atender às condições de luz, humidade e calor.
Além disto, são também realizados exames toxicológicos. Estes exames devem ser capazes de detectar qualquer substância estranha ao organismo presente no material objecto da perícia (álcool, drogas de abuso e medicamentos).


As técnicas de análise toxicologia passam desde métodos não instrumentais como as reacções volumétricas ou colorimétricas, até aos métodos mais tecnológicos como as espectrofotométricas, cromatografias, imunoquímicas e de espectrometria de massas.

(Ana Esteves)

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