A entomologia forense é uma ciência muito recente. Mesmo assim, os primeiros relatos do seu uso datam do séc XIII na China, mas só nos séculos XIX e XX é que voltou a ser usada, muito esporadicamente.
P. Mégnin (séc. XIX) assentou as bases da entomologia forense com o seu famoso sistema de 8 fases de decomposição de um cadáver ao ar livre (em condições normais em Paris e arredores). Já no séc. XX, Bornemisza usou modelos que o levaram a aperceber-se da diferença no ritmo de decomposição em relação ao tamanho do cadáver (os mais pequenos secam mais depressa). Anos mais tarde, Payne estabeleceu uma metodologia onde reconhece 6 fases da decomposição. L. Eclercq, propôs uma classificação dos insectos de acordo com a relação insecto-cadáver. Mais tarde, Keh (1985) fez uma classificação da fauna frequentadora dos cadáveres que será posteriormente apresentada.
Curiosidades
· Como se sabe, um cadáver atrai insectos. Assim, ao fim de alguns minutos, moscas como a calliphora vomitoria depositam centenas de ovos no cadáver;
· Numa experiência realizada pela entomóloga Catarina Prado e Castro (em Portugal), soube-se que em apenas quatro dias, foram recolhidos de um leitão, 16495 dípteros adultos (necrófagos), pertencentes a 29 famílias e 55 espécies, das quais as mais comuns são da família calliphoridae, mais conhecidas por varejeiras. Calcula-se assim, que num cadáver humano possam chegar a existir, no mesmo espaço de tempo, 2,5 milhões de larvas.
· Em Portugal, estudam-se quais as espécies que colonizam o cadáver na região biográfica nacional, de forma a identificar posteriormente, com maior facilidade, o intervalo post mortem.
Fontes: Revista Nacional Geographic - setembro 2007 "A Ciência do crime"
(Ana Esteves)
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