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No século XIX era a medicina legal que tratava da pesquisa, busca e demonstração de elementos relacionados com a materialidade do crime, com novos conhecimentos e desenvolvimento de áreas técnicas, como a física, química, biologia, matemática, toxicologia…, surge a necessidade da criação de uma nova disciplina para a pesquisa, análise, interpretação de vestígios encontrados em locais de crimes.
Nasce assim a criminalística, uma ciência independente que vem dar apoio à polícia e justiça, tendo como objectivo o esclarecimento de casos criminais.
A criminalística ocupa-se fundamentalmente em determinar de que forma se cometeu o delito e quem o cometeu, também abrange interrogações: “como?”, “porque?”, “quem?”, que instrumentos foram utilizados, “donde?”, “quando?”, ou seja, a criminalística utiliza uma série de técnicas, procedimentos e ciências que estabelecem a verdade jurídica acerca do acto criminal.
Existem dois tipos de criminalística:
- Criminalística biológica – a partir de vestígio biológico encontrado na vítima de um crime ou no local do crime é comparando com o perfil genético do sujeito.
- Criminalística não biológica – consiste na análise de impressão digitais, palmas das mãos e dos pés. Estas análises podem realizar-se no laboratório de perícia científica da Polícia Judiciária.
Os indivíduos que trabalham nesta área chamam-se criminalistas. Estes especialistas são os primeiros a chegar à cena do crime, vêem o que os outros não vêem, apanham os culpados, dominam os raio laser e ultravioleta, usam uniformes apelativos e têm à sua disposição a tecnologia mais vanguardista.
O seu trabalho começa, como não poderia deixar de ser, no local dos factos.
(Andreia Faria)