terça-feira, 29 de abril de 2008

Exame Psiquiatrico...

O trabalho do psiquiatra é resumido a este exame, que apesar de ainda não ter um modelo definido, inclui diversas partes, pela seguinte ordem:
  • Identificação do examinado: deve conter a descrição física, a verificação dos documentos, sexo, idade, filiação, data de nascimento, foto e/ou impressões digitais;
  • Condições do exame: local onde foi efectuado, na presença de quem e se o paciente estava sob o efeito ou não de medicamentos;

  • Histórico e antecedentes: entenda-se por isto, a necessidade de referência aos antecedentes neuropsiquicos e respectivos tratamentos, crises existenciais e a reacção a estas; o facto de na família haver antecedentes psiquiátricos também pode ser relevante e ainda o ambiente social, familiar e profissional onde está inserido o examinado;

  • Exame clinico: do qual faz parte o exame físico e o mental, que é baseado na entrevista e nos dados do exame;

  • Exames complementares, caso houverem como análises, ECG (electrocardiograma), entre outros;

  • Diagnóstico: onde o perito não pode fazer juizes de valor, mas apenas se cingir aos factos.

No final, o psiquiatra deve ainda preencher os quesitos de forma clara e objectiva evitando comentários e justificações. São exemplos de quesitos:

  • O acusado, ao tempo da acção era, por motivo de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, inteiramente incapaz de entender o carácter criminoso do facto ou de determinar-se de acordo com esse entendimento?

  • O estado mental do acusado oferece perigo à sociedade?

É perante o exame clinico que o psiquiatra tem de estar atento e por todos os seus conhecimentos em prática pois o examinado pode ser um simulador, ou seja, pode estar a fingir apenas para evitar uma condenação. Por exemplo:

  • Os simuladores chamam à atenção com a sua efemeridade, ao contrario os transtornados que não gostam de discutir os seus sintomas;

  • Se se pedir para repetir uma ideia ao simulador ele fá-lo com exactidão, o transtornado não;

  • Os simuladores dão respostas evasivas, repetindo muitas vezes a pergunta para terem tempo de pensar na resposta, o que não acontece com os verdadeiros transtornados.

São pequenos pormenores como estes que fazem o psiquiatra perceber se o examinado é simulador ou não.

(Inês Lima)


fonte:http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=170&sec=78

sábado, 26 de abril de 2008

Noções Básicas...

No ramo da ciência forense, a psicologia e a psiquiatria tornam-se uma só! Ambas se dedicam às situações que se apresentam nos tribunais e que envolvem leis. Assim sendo, nestas áreas são tratados todos os casos psicológicos que podem surgir em contexto de tribunal. Os licenciados nestas áreas dedicam-se ao estudo do comportamento criminoso, tentando construir o percurso de vida do indivíduo e todos os processos psicológicos que o possam ter conduzido à criminalidade, em busca da raiz do problema. Descobrindo as causas das desordens, sejam elas mentais e/ou comportamentais para que se possa determinar uma pena justa.


A intervenção dos psiquiatras pode ser solicitada por:
  • Juizes;
  • Advogado;
  • Família;
  • Próprio arguido;
  • Parte lesada.

De modo a avaliar:

  • Capacidade civil, ou seja, a capacidade de gerir bens e tomar decisões referentes a si;
  • Capacidade de executar a função parental, em caso de divorcio;
  • O nível de perturbação, na sequência de acidente de trabalho, rodoviário, ou outro;
  • A responsabilidade civil, isto é, a capacidade de conhecer e avaliar a natureza e as consequências de um comportamento permitindo decidir a imputabilidade ou ausência dela, a inimputabilidade.

As alterações destas capacidades podem ter carácter transitório, evoluindo para a cura ou definitivo e irreversível.

A palavra-chave para o psiquiatra dar término ao seu trabalho é inimputabilidade, o que traduz a incapacidade para no momento do delito o criminoso reconhecer a ilegalidade do acto cometido! Caso o criminoso tenha transtornos da personalidade como é o caso dos psicopatas, ou ainda, esquizofrenia é considerado inimputavel. Caso tenha neurose, psicoses afectivas (depressões), síndroma cerebral orgânica (demência), alcoolismo e outras toxicodependências podem ser considerados inimputaveis ou imputaveis dependendo do seu estado no momento do delito.

Até breve!

(Inês Lima)

fonte: www.psicologia.com.pt

terça-feira, 22 de abril de 2008

No próximo mês...

O tema principal será a Psicologia e Psiquiatria! No fundo e no geral, ambas tratam o mesmo, o comportamento humano. No campo da ciência forense, estas áreas trabalham em conjunto com os tribunais de forma a avaliarem a capacidade do indivíduo enfrentar o julgamento, ou redigir um testamento, acompanham também os processos de abusos sexuais, entre muitos outros.
Estamos quase no final desta investigação! Não percas tudo sobre o tema, nas próximas publicações!





(Inês Lima)

sábado, 19 de abril de 2008

A cura Fatal (continuação)...


Após as análises realizadas na toxicologista, o puzzle deste crime começa a ficar preenchido. Sabemos que o Doutor David Soares foi morto por ecstasy. No entanto, surgem algumas contradições quanto as pistas encontradas no local do crime, o que faz com que haja um enorme leque de suspeitos. Este importante investigador tinha muitas pessoas que possuíam motivos para desejar a sua morte. Através da base de dados da Brigada de Investigação 126 podemos saber várias informações sobre as pessoas que estavam em contacto com o Doutor todos os dias.

Foi através da análise dos dados que descobrimos que André de Mello, rapaz que encontrou o corpo tem um irmão gémeo, e que teve um irmão que faleceu há alguns anos, quando submetido a um teste de um medicamento, para combater a dislexia, caso muito investigado na altura, mas que acabou por ser abafado. Todos os anteriormente apresentados são suspeitos do homicídio do Dr. David Soares.

Beatriz Soares, mulher do investigador, torna-se suspeita a partir do momento em que este tinha uma amante. E sendo ela uma mulher dita ciumenta e possessiva, é apontada como presumível autora do crime.

Rita Carneiro, sua amante e secretária, já mantinha uma relação duradoura com o Doutor, com que desejava casar.

Afonso Albuquerque, é o "Senhor do Dinheiro", da clínica onde o médico trabalhava, nos últimos tempos tinham inúmeras discussões, pois este durante anos tinha investido milhares de euros, e até ao momento não havia um medicamento que curasse a dislexia.


Sofia Brandão, Luís Pinto e Pedro Almeida, investigadores tal como David Soares, mas que o invejavam pela sua capacidade de conciliar a prático e a teoria num só, além disso sabiam que ele tinha feito progressos na investigação e todos desejavam ficar com os louros.

Carlota Vasconcelos, André de Mello e Rui de Mello, são igualmente suspeitos do homicídio, pois os dois primeiros deram o alerta e havia algumas impressões digitais de André de Mello no corpo. Por outro lado, estes dois irmãos tiveram um irmão Alexandre de Mello, que morreu de dislexia!


Neste crime não é necessário recorrer á odontologia forense nem há antropologia forense pois o cadáver ainda não estava decomposto, nem foram encontrados apenas dentes!

A partir de agora vamos iniciar uma nova sondagem para saber quem vocês acham que foi o assassino!

(Luísa Fonseca)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Resumo do mês

Ao longo deste mês, as nossas tarefas estiveram centradas na palestra com o Doutor Professor Pinto da Costa. Até à chegada do dia, tivemos um conjunto de tarefas que englobaram: elaboração dos convites, escrevemos as notícias de divulgação, fizemos os cartazes e preparamos o lanche e o cabaz que oferecemos ao Doutor Pinto da Costa. Após a realização da palestra, escrevemos as reflexões sobre a semana da ciência, e ainda começamos a escrever o guião do filme que pensávamos realizar, mas que devido á escassez de tempo não será possível, tal como a exposição! Neste momento iniciamos a elaboração do relatório final.













(Luísa Fonseca)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Professor Pinto da Costa na Escola de Monte da Ola




No passado dia 9 de Abril, pelas 14h 30min, a escola EB 2,3/S Monte da Ola teve o prazer de receber o Exmo. Professor Doutor José Eduardo Lima Pinto da Costa, consagrado médico legista.
A presença de tão ilustre académico e pedagogo traduziu-se numa agradável palestra sobre “As Abrangências da Medicina Legal”.
Ao longo desta sessão, o Professor abordou o conceito de medicina legal, a importância da investigação no local do crime, as diversas fases de uma autópsia médico-legal, o poder da testemunha e falou ainda sobre alguns dos inúmeros casos do seu longo percurso profissional.
Neste evento estiveram presentes mais de uma centena de pessoas, entre alunos, professores, auxiliares de acção educativa e outros convidados. A atenção, o interesse e a curiosidade demonstrados, excederam todas as expectativas.
Este será, sem dúvida, um dia inesquecível para as alunas Andreia Faria, Ana Esteves, Inês Lima, Luísa Fonseca, Teresa Felgueiras e Vera Gonçalves, dinamizadoras do projecto, para a professora responsável Ana Margarida Peixoto e para toda a comunidade escolar.

domingo, 13 de abril de 2008

As mordidas!!

Tal como já foi referido anteriormente, existem três etapas na análise de mordidas.

1.Obtenção da evidência a partir da vítima:

A marca de mordida após ser detectada vai ser examinada, quer em termos das suas dimensões, quer na configuração dentro dos parâmetros humanos. A descrição exaustiva da mordida deve incluir as seguintes características:

  • Localização;
  • Tamanho;
  • Forma;
  • Orientação;
  • Cor;
  • Tipo de lesão

Um dado importante a retirar é a saliva depositada sobre a pele quando se produz a marca de mordida. Devem, ainda ser retiradas as impressões digitais da superfície da marca de mordia. Em algumas circunstâncias, poderá ser necessário proceder á excisão do tecido lesado, no sentido de facilitar a preservação da evidência e auxiliar as investigações relacionadas com a determinação da pessoa que mordeu.

2. Obtenção da evidência a partir do suspeito:

Os especialistas tentam analisar as possíveis estruturas do perpetrador, quer intra quer extra orais. Tendo-se em conta a saúde dentária do suspeito, assim tem-se em atenção:

  • Mobilidade dentária;
  • Restaurações dentárias;
  • Fracturas;
  • Cáries;
  • Tratamentos dentários; entre outros.

E tenta-se saber se ocorreram antes ou depois da agressão.

Quando o suspeito é identificado devem-se obter impressões de ambas as arcadas dentárias, para realizar modelos de gessos. Será a partir destes modelos que efectuam sobreposições fotográficas transparentes, à mesma escala das fotografias da marca de mordida original.

3.Comparação da evidência:

Após a análise da mordida vai-se proceder à comparação das evidências do suspeito e às evidências da lesão. Esta comparação visa a observação do padrão dos dentes com traços similares e características apresentadas em fotografias de tamanho real. São produzidas sobreposições transparentes de várias formas, mais frequentemente por computador, com o objectivo de assegurar que existe correspondência suficiente entre o tamanho e posição dos dentes do possível agressor e as características identificativas na marca de mordida. Outros métodos consistem em comparações directas dos modelos do suspeito com fotografias da marca de mordida, comparação das marcas de mordida experimentais ou utilização de imagens radiográficas.


Font://medicina.med.up.pt/legal/
http://www.pericias-forenses.com.br/identesodo.htm

(Luísa Fonseca)

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Determinação da idade e da raça.

Idade:

Apesar de o Homem possuir muitos dentes, cada um informa-nos de uma característica em particular. A arcada dentária é o melhor indicativo de idade, no entanto, os dentes não são muito precisos no que diz a este aspecto. Apenas se verifica precisão até aos 16 anos, porque as etapas de desenvolvimento são iguais, estas etapas referem-se à substituição da dentição e à formação de raízes. Quando estas etapas se completam os indicadores de idade inertes à arcada dentária variam muito, devidos aos hábitos de vida que as pessoas têm, que acabam por “destruir” as indicações da idade do cadáver.

Raça:

A humanidade é constituída por diferentes raças e cada raça possui características anatómicas diferentes. Estas são diferentes pois os ambientes onde surgem também são diferentes, mas também são o reflexo dos seus antepassados. Os molares e as suas cúspides são quem nos fornecem os dados necessários para saber qual a raça do cadáver. As cúspides são como cada uma das pontas formadas na extremidade de atrito, contacto, dos dentes.

Se se tratar da raça ortognata (brancos e caucasóides): os molares superiores possuem cúspides palatino - distais mais pequenas que as cúspides mésio -palatinas.

Se se tratar da raça prognata (negro, melanodermas e farodermas): os molares superiores têm cúspides palatinas – distais com “bom” tamanho, já os molares inferiores têm a cúspide posterior diferenciada.

Se se tratar da raça primitivas (aborígines australianos): tem um prognatismo maxilar muito variável.


Font://medicina.med.up.pt/legal/
http://www.pericias-forenses.com.br/identesodo.htm

(Luísa Fonseca)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A altura e o sexo através dos dentes!

Sexo:

Saber o sexo da pessoa a que pertencem os dentes é das primeiras coisas a tentar descobrir! E para que tal aconteça basta que no local existam incisivos centrais superiores. Estes dentes possuem diferenças significativas consoante o sexo. No caso dos Homens, estes são mais volumosos. Por outro lado, estes dentes nas Mulheres têm o diâmetro médio – distal menor.

Altura:

No que diz respeito à altura do indivíduo, esta pode ser calcula a partir dos dentes, pois há uma relação de proporcionalidade entre o diâmetro dos dentes e a estatura dos indivíduos. Começa-se por calcular em milímetros a arco de circunferência que é igual ao arco inferior: diâmetro mésio – distais (incisivos). Quando se tem a medida em linha recta deste arco, a distância entre o ponto inicial, incisivo central e o ponto final canino isolateral, por somatório a aplicação de uma fórmula, podemos ver entre que limites varia a estatura da pessoa em questão. A estatura máxima corresponde á medida do arco, a estatura mínima corresponde ao raio – corda inferior.



Font://medicina.med.up.pt/legal/
http://www.pericias-forenses.com.br/identesodo.htm

(Luísa Fonseca)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Os dentes e os Métodos...

Os dentes possuem características que permitem usá-los como método de identificação. São, assim, elementos importantes na criminologia e na identificação de cadáveres, através da sua análise macroscópica e microscópica. Esta análise indica a idade, o sexo, a raça e a estatura, na hora da morte, no entanto, é necessário ter em conta a cronologia da erupção dentária e o desgaste natural dos dentes.

A dentição varia de pessoa para pessoa, ou seja, escolhendo duas pessoas ao acaso é impossível que tenham as mesmas características dentárias, por outro lado, como não se destroem facilmente, podem ser rapidamente restaurados. Os dentes apesar de mudarem ao longo da vida da pessoa, conservam-se infinitamente após a sua morte.

Os dentes são os elementos mais resistentes do nosso organismo, em caso de carbonização são a única “coisa” que restam, além disso tem uma posição muito favorável no nosso organismo, pois encontram-se protegidos, pela língua, lábios e bochechas.

As técnicas usadas na identificação através da dentição dependem de caso para caso, se no local houver dentes opta-se por um lado, se o corpo tiver sinais de mordidas segue-se outro caminho.

Caso existam dentes no local do crime, seguem-se os seguintes passos:

1. Verificar se é um dente decíduo ou permanente;

2. Colocá-lo no grupo a que pertence (incisivo, caninos, pré-molares ou molares)

3. Reconhecer se é da parte superior ou inferior:

4. Estudar quanto à sua posição: arco central ou lateral!

No caso de haver sinais de mordida procede-se à sua análise, esta baseia-se em dois pressupostos:

1.Os dentes humanos são únicos;

2.Existem detalhes suficientes dessa singularidade na marca de mordida.

A importância das marcas de mordida depende da metodologia utilizada na análise, onde mais pormenores deverão ser considerados. Existem três passos fundamentais na metodologia da análise das marcas de mordida:

  1. Obtenção da evidência a partir da vitima;
  2. Obtenção da evidência a partir do suspeito;
  3. Comparação da evidência.
Font://medicina.med.up.pt/legal/
http://www.pericias-forenses.com.br/identesodo.htm

(Luísa Fonseca)

domingo, 6 de abril de 2008

Resultados da sondagem!!

A pergunta colocada esta semana era referente aos dentes, tema que vai ser tratado nos próximos postes. A questão colocada foi: Quais os dentes que nos indicam o sexo e a raça respectivamente?
Cujas opções de resposta era:
  • Molares e caninos - 11 votos;
  • Incisivos e molares - 10 votos;
  • Pré-molares e incisivos - 10 votos;
  • Pré - molares e Molares - 9 votos.
A resposta correcta era Incisivos e Molares, não percam a justificação nos próximos postes... E continuem a testar o vosso conhecimento no mundo do crime!!


(Luísa Fonseca)

sábado, 5 de abril de 2008

Odontologia Forense!!

Qual o papel da Odontologia Forense nos crimes?

A odontologia forense é uma área da medicina que aplica o conhecimento técnico – cientifico da estrutura dentária do cadáver, com fins de identificação.
Os dentes são estruturas fundamentais à identificação médico-legal, em virtude da sua resistência (à putrefacção, ao calor, aos traumatismos e à acção de certos agentes químicos) e especificidade (cada dentadura é única). A identificação através dos dentes permite o estudo dos aspectos assinalados para a Antropologia Forense, através de métodos de reconstrução e comparação. Os dentes definitivos podem ser descritos através de sistemas de meros, na actualidade, os sistemas de meros existente são: de Palmer, de Haderup e a Federação dental Internacional.
Características individualizantes que são analisadas:

  • Número de dentes;
  • Alteração da posição ou rotação;
  • Alterações congénitas ou adquiridas (hábitos, profissões);
  • Alterações patológicas ou traumáticas (cáries);
  • Existência de tratamentos (amálgamas, coroas, pontes, próteses fixas ou amovíveis).

Outra forma de identificação é através das marcas de mordida. Define-se como marca de mordida a impressão causada unicamente pelos dentes ou em combinação com outras partes da boca.
De facto, os dentes são frequentemente usados como armas quando uma pessoa ataca outra ou quando a vítima do ataque se tenta defender, podendo assim ser possível a identificação do possível perpetrador. As marcas de mordida não são encontradas unicamente em situações relacionadas com crimes violentos, sendo também passíveis de serem observadas nas situações de maus-tratos em crianças.




A sua História...

A odontologia forense começou a ser aplicada em 1897, devido a um incêndio na feira beneficente de Paris, onde morreram 126 pessoas carbonizadas. Óscar Amoedo (médico cubano), através da comparação dos arcos dentários com as informações dos cirurgiões-dentistas das vitimas procedeu à identificação dos corpos. A partir daí esta área passou a ser usada nas mais diversas situações de identificação.


Font: Font: //medicina.med.up.pt/legal/
http://www.pericias-forenses.com.br/identesodo.htm



(Luísa Fonseca)

Pinto da Costa na Escola de Monte da Ola


As Abrangências da Medicina Legal


No âmbito da disciplina de Área de Projecto, um grupo de alunas da turma B do 12º ano encontra-se a desenvolver uma investigação acerca do tema “Ciência Forense”.
Neste contexto, no próximo dia 9 de Abril realizar-se-á com a presença do Professor Doutor Pinto da Costa uma sessão subordinada ao tema “As abrangências da Medicina Legal”.
Esta palestra será direccionada aos alunos dos 11º e 12º anos, docentes e pessoal não docente da Escola EB 2,3/S Monte da Ola.
Esta actividade tão especial para a vida do agrupamento terá lugar pelas 14h30min, no polivalente da escola sede.

A professora responsável,

Ana Margarida Peixoto

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Qual a raça e a idade??

Do mesmo modo, que existem ossos que nos indicam de forma relativamente precisa qual o sexo e a altura da pessoa à qual pertencem os ossos, também podemos saber qual a raça e a idade.

Determinação da Idade:
Existem um conjunto de regras que se aplica consoante se trate de um feto, de uma criança ou de um adulto. Os ossos permitem-nos saber a qual das classes etárias a pessoa pertence. A partir daí podemos saber a sua idade.

Se for um feto: aplica-se a fórmula de Balthazard e Dervieux (1921), a partir da qual vamos saber a idade em dias. A formula é: o comprimento do feto (em centímetros) *5.6. Quando apenas existem ossos, utilizam-se tabelas para determinar a altura do feto e depois calcula-se a sua idade.

Se for uma criança: como se encontra em crescimento torna-se complicado determinar a sua idade. Pois o tamanho dos ossos é relativo à velocidade de crescimento de cada criança.

Se estiver entre os 14 e os 20 anos: através da análise: dos dentes, do comprimento dos ossos longos e epífises de crescimento dos ossos longos; é possível estabelecer a idade da pessoa. No entanto, ao determinar idade é necessário ter em atenção que os dados apenas são estimativas, uma vez que as cara
cterísticas, como os dentes, variam de acordo com factores genéticos, metabólicos, nutricionais, ambientais.

Se for um adulto: utilizando a análise dos dentes, as alterações a nível da sínfise púbica e a fusão das suturas cranianas (apenas em último recurso), a antropologia é capaz de estabelecer a idade da pessoa.

Determinação da raça:

A determinação da raça é um processo muito complicado e pouco fiável devido ao cruzamento entre povo e a questões de variação entre as populações. As variações consideradas, na maioria dos casos, são relativas às características nasais e certos estigmas dos dentes. Assim, através dos ossos é praticamente impossível saber qual a raça da pessoa.

Conclusão:

As características individualizantes correspondem a aspectos específicos que podem caracterizar o indivíduo, através do método comparativo de identificação, com base em elementos fornecidos por pessoas supostamente conhecidas da vítima (exemplo: fotografias, registos clínicos, particularmente de medicina dentária, história dos antecedentes patológicos ou traumáticos, hábitos, etc). A comparação com as características encontradas pode ser feita com base em estudos radiográficos, comparação fotográfica (sobreposição de imagem em computador, pesquisando-se a existência de concordância entre as linhas e curvas da face com pontos do esqueleto) ou reconstrução da face (modelagem das partes moles sobre o crânio, ou através de desenhos). Na identificação são valorizados: os seios frontais e laterais; as marcas de traumatismos (fracturas, calos ósseos, amputações, por exemplo) e as alterações dos dentes.



Font: //medicina.med.up.pt/legal/



(Luísa Fonseca)


terça-feira, 1 de abril de 2008

Descobrir a altura e o sexo...

Determinação do sexo...

A determinação do sexo das pessoas a que pertencem as ossadas faz-se por comparação das ossadas encontradas e dos dados que estão estabelecidos em tabelas, sobre a morfologia dos ossos. Exitem ossos que permitem identificar se se trata de uma ossada feminina ou masculina mais precisos que outros, temos como exemplo: o crânio, a pelve e o tórax.

  • O tórax é um extensão da base do pescoço até ao diafragma. Esta cavidade é mais estreita nos homens do que nas mulheres.

  • A pelve é composta por um conjunto de ossos, osso do quadril, sacro e cóccix, e contém c omponentes abdominais (bexiga e reto, por exemplo). A pelve feminina é mais larga que a pelve masculina .

Determinação da altura:

A altura é calcula através dos ossos longos. Estes ossos têm medidas que sobressaem sob outras med idas e têm formas geométricas similares a paralelipípedos. Exemplo: tíbia, fémur e
úmero
. Socorrendo-se a tabelas é possível estabelecer uma razão de proporcionalidade entre o tamanho dos ossos e as alturas registadas nas tabelas. Existem tabelas específicas para os fetos
e crianças pequenas, uma vez que nestes casos os ossos longos nunca são encontrados na sua totalidade.
Uma pessoa de 1,80m tem um fémur de aproximadamente 50 cm. Geralmente, o fémur direito
é ligeiramente menor que o esquerdo.


Font: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pelve
http://fcgi.rime.pt/media/upload/image/Raio%20x%20TORAX_web.JPG/
/medicina.med.up.pt/legal/

(Luísa Fonseca)